Infelizmente, o empresariado do ramo industrial tem apoiado o golpe de Estado contra a presidenta Dilma Rousseff, por meio de entidades patronais, caso da Fiep (PR), Fiesp (SP) e Firjan (RJ), em nome do ataque contra os direitos dos trabalhadores e da entrega de parcelas do Estado a grupos privados e empresas estrangeiras. 

Esta é a tentativa de retomar o chamado programa neoliberal, vivido no Brasil nos anos 80 e 90. 

Esse setor empresarial fez a opção pelo golpe e colocou-se ao lado dos bancos, da mídia concentrada em poucas famílias, do Judiciário conservador, da alta classe média e da oposição no Congresso. 

O objetivo do golpe está cada vez mais na cara: é o desmonte da Constituição de 1988. Com isso, estão em perigo a Saúde Pública, a Assistência Social, Direitos Trabalhistas e, sobretudo, a Previdência. A missão do governo interino de Michel Temer (PMDB) tem sido a de cortar direitos sociais conquistados com muito suor. 

Sem projeto 

Com essa política de cortes de direitos ficou evidente como os ricos no Brasil não defendem um projeto de país soberano, voltado para a produção e para o bem-estar da maioria do povo. Esperamos que alguns setores, que também sentirão consequencias dessa política, ainda revejam suas posições para impedir um desastre social ainda maior. 

Mas é mesmo o povo nas ruas que deve lutar pelo fim do golpe de Temer e pela volta da presidenta Dilma. E a partir disso também é preciso pressionar pelo debate de um projeto popular e nacional de desenvolvimento, fomentando a indústria, os empregos de qualidade, a ciência e a tecnologia – tudo aquilo que o governo golpista nunca irá debater. 

 

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